O Exército de Salvação em Portugal oferece assistência após a devastação causada pelos incêndios
Os salvacionistas em Portugal estão a oferecer ajuda às pessoas afetadas pelos incêndios que mataram pelo menos 64 pessoas e causaram destruição na região de Pedrógão Grande, a nordeste de Lisboa.
O centro mais próximo do Exército de Salvação é o Corpo de Castelo Branco (igreja), a cerca de 80 quilómetros de distância. Os oficiais desse corpo, o capitão Fagner Castanho e a Tenente Liliana Vaz Castanho foram até ao local para verem se poderiam ajudar de alguma forma. Levaram algumas roupas para doação, e algum material para atividades recreativas com crianças.
O capitão Fagner disse: “Chegamos, demos uma volta pela cidade, encontramos a Câmara, mas aparentemente estava fechada, até que encontramos um camião a descarregar roupas na loja social da cidade e oferecemo-nos para ajudar. No final, procuramos o responsável do local e colocámo-nos a disposição para ajudar no que fosse preciso e disseram-no para nos dirigirmos à Câmara Municipal, mas por uma entrada lateral, pois lá está a ser feito toda a logística pela proteção civil.”
Eles encontraram o Adjunto da Proteção Civil, que estava a coordenar as ações, apresentaram-se e disseram que estavam dispostos a ajudar. Depois de verificarem que ambos podiam conduzir, deram-lhes a chave de uma carrinha da Câmara para levarem uma equipa de enfermeiros e psicólogo às aldeias afetadas pelos incêndios a fim de visitar os moradores. A Ten. Liliana levou a carrinha da Câmara e o Cap. Fagner a carrinha do Corpo. “Durante as visitas encontramos pessoas que haviam perdido familiares (filhos, primos) e muitos idosos estavam desolados. É um cenário muito triste.”
O capitão e a tenente entraram em contacto com um familiar de um membro do Corpo que vive numa das aldeias. Ele informou-os que naquela aldeia morreram 11 pessoas, inclusive um primo dele e outro que ainda está desaparecido. Disse ainda que na sua aldeia e aldeias vizinhas algumas famílias perderam tudo, inclusive casas e móveis.
Perguntaram-lhe se poderiam voltar e eles colocaram-se à disposição. Planeiam entrar em contacto com a Junta de Freguesia dessas aldeias a oferecer ajuda.
O Cap. Fagner refere que a reconstrução do local vai demorar muito tempo, com muitas pessoas a precisarem de novas casas.
A preparar-se para sair novamente para Pedrógão Grande, o Cap. Fagner diz: “Contamos com as vossas orações para que Deus nos direcione e para que sejamos de ajuda para Seu Reino”.