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Notícias do Exército de Salvação

Apoio do Exército de Salvação à Ucrânia #5

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O Centro Comunitário Central (CCC) do Exército de Salvação está a colaborar com as várias entidades da Rede Social de Lisboa, no apoio aos refugiados vindos da Ucrânia.

Seguem umas breves palavras da diretora do CCC - Cátia Alves - acerca do apoio que está a ser providenciado.

Juntos, Servindo o Próximo

“Um dia acordámos e deparámo-nos com a notícia… começou a guerra na Ucrânia. A guerra está na Europa, aqui bem perto de nós. A guerra passou a fazer parte das conversas de café, autocarro, trabalho, etc. A guerra para muitos de nós nunca esteve tão perto e aparentemente tão real.

Inerente à guerra vem a crise humanitária em que pessoas como nós, com vidas organizadas, trabalho, casa, escola, atividades físicas, rotinas, etc. de um momento para o outro só têm tempo de meter uma vida numa mochila, despedir-se dos homens da família e rumarem para o local mais seguro possível.

Por muito que queiramos ou tentemos, jamais conseguiremos imaginar o que é uma despedida inesperada de um pai, marido, amigo que têm de ficar a combater enquanto as mulheres foram com as crianças para outro país. De um momento para o outro toda uma vida pode mudar sem qualquer aviso prévio.

Dadas as circunstâncias, podemos pensar que a linha que nos separa de uma situação de mudança repentina é demasiado ténue e que não podemos dar a “estabilidade” como garantida. Será que estaríamos preparados para um cenário assim? Penso que não, mas é nestas alturas que as forças mais extraordinárias que desconhecemos em nós vêm ao de cima e a nossa capacidade de resiliência é testada ao limite.

Para além das ajudas formais que foram desencadeadas pelas autoridades competentes, a sociedade civil mais uma vez se mostrou solidária e foi-se organizando para dar o apoio possível para ajudar as vítimas deste conflito. De um momento para o outro, particulares e organizações fizeram recolha de bens e conduziram-nos até aos países que fazem fronteira com a Ucrânia e deixaram o que levaram, ofereceram o seu tempo e muitos foram o que ajudaram a trazer cidadãos que tiveram e quiseram fugir da guerra.

Os refugiados chegaram a uma nova realidade, um novo país, uma nova língua, uma nova cultura, mas aqui encontraram segurança. A estrutura de apoio foi montada atempadamente e dentro dos possíveis tudo tem estado a funcionar graças a toda uma rede de apoio que foi sendo construída na comunidade. Só faz sentido se funcionarmos em rede com o propósito comum de tentarmos dar o melhor que temos a estas famílias. Que durante o tempo em que estiverem connosco se sintam confortáveis e bem acolhidas. Jamais conseguiremos apagar as marcas, aliviar as saudades dos que ficaram, mas no mínimo que se sintam protegidas e integradas.

A título particular e profissional, confesso que não estávamos preparados para esta situação. Lidar diretamente, cara a cara com pessoas que dias antes estavam em abrigos a ouvir bombas e tiros nas zonas onde viveram a sua vida e onde dias antes passavam para ir trabalhar ou levar os filhos à escola.

Cada história é uma história e todas são demonstrações claras de uma capacidade de resiliência que nos transcendem. Uma em particular tocou. Uma mãe veio com o filho, conheceu mais duas jovens e estão os quatro a residir numa casa disponibilizada por um particular que tinha a casa vazia, por mero acaso, conhecia uma senhora ucraniana que lhe pediu ajuda. Conhecidos falam com amigos, amigos com amigos e família e rapidamente foi possível dar teto, suprimir de imediato algumas necessidades básicas, agilizou-se aulas de português e a inscrição no SEF está feita.

Uma das senhoras envolvidas no grupo que acolheu os refugiados foi bater porta a porta das instituições da comunidade a pedir ajuda para este agregado. Da nossa parte foi mostrada total disponibilidade para o apoio alimentar e roupa. Combinamos dia e hora para os conhecer.

Sem falha compareceram e nenhum dos presentes que se reuniram no CCC conseguiram comunicar verbalmente, mas mesmo de máscara a comunicação do olhar foi a mais eficaz possível. Da nossa parte demonstrámos total disponibilidade e abertura para que recorram a nós para o que precisarem e da outra parte recebemos o melhor, a gratidão. Sentimo-nos muito pequenos ao lado destas pessoas que à duas semanas abandonaram o que era seu e hoje estão a milhares de quilómetros de casa disponíveis e com a força para protegerem os seus e com esperança de voltarem e reencontrarem os que deixaram.

Até ao momento, o Centro Comunitário Central recebeu o encaminhamento de três famílias às quais disponibilizámos de imediato o apoio alimentar semanal, roupas e roupa de cama.

Como é da nossa essência, queremos fazer um pouco a diferença nas vidas destas famílias na sua estadia em Portugal. Que as consigamos aconchegar um pouco o coração, pois este é um dos nossos maiores propósitos e motivação não só como profissionais, mas também como membros de uma sociedade.”

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